AD (728x90)

terça-feira, 7 de abril de 2015

CRÔNICA COLETIVA: No caminho da Via Costeira, uma pedra.

Compartilhe
IDENTIFICAÇÃO:
·         Jadna Taynara de Araújo Freire tem 14 anos de idade, é filha de Suely, esposa de Junior Artes; 
·         Maria Leonara Ismael de Almeida tem 16 anos, é filha de Lucinalva e Francisco de Lozinha;
·         Ana Emília Jerônimo Góis possui 15 anos, é filha de Ângela e Rildomar;
·         Eduarda Letícia Fernandes da Costa possui 15 anos de idade, é filha de Telma Fernandes.
As quatro alunas-autoras produziram a crônica coletiva no ano letivo de 2014. Pertenciam  à turma do 9º Ano”B”, Turno Vespertino.


 CRÔNICA COLETIVA: No caminho da Via Costeira, uma pedra*
.
            Como de costume, estávamos eu e uma galerinha da minha sala saindo para lanchar, em direção ao portão principal da escola que abre alas para a “Via Costeira”, uma das ruas mais frequentadas de Campo Grande - tanto por pessoas trabalhadoras que por lá passam, cumprindo tabela de suas obrigações diárias, fazendo uso de frigoríficos e comércios ali presentes - quanto por pessoas comuns, que não têm obrigações. Pessoas que aproveitam ali sua juventude, encontrando amigos em barezinhos, dançando ao som de “paredões,” reunindo a família para lanchar.
            Para ser mais precisa, o lugar é onde tudo acontece, desde paqueras a amassos ou até primeiros beijos. Lá, grandes amigos se conhecem, laços de amizades ou de amor se iniciam e se findam.
Por outro lado, infelizmente é onde também a pequena juventude encontra uma janela para o alcoolismo ou vícios maiores. Certamente é um lugar de muita utilidade para uns, um baú de prazeres para outros, uma faculdade com certificado de “pessoas responsáveis e cumpridoras de suas obrigações futuras” para grande parte de seus frequentadores.
            Enquanto refletia sobre tudo isso, pude estar tão próxima a um fato que iria me abalar, mas me levaria em pouco tempo a meditar sobre ele... Assim que colocamos o pé direito na tão afamada Via, ouvimos um ruído estrondante. Logo após, uma moto passou com tudo, bem diante de nossos olhos, capotando no ar. Em seguida, um indivíduo passa lixando sua pele no asfalto. Ele, com seu veículo em alta velocidade, havia batido numa caixa aparentemente seca, mas que escondia uma pedra em seu interior. A caixa contendo a respectiva pedra se encontrava bem no meio do caminho.  Não é que rapidamente me veio uns versinhos do poeta Drummond, que diz mais ou menos assim: “... no meio do caminho havia uma pedra, havia uma pedra no meio do caminho...” Impressionante! Havia mesmo uma pedra!
            Ao nos aproximarmos do ferido que se encontrava sem dois dentes, sangrando muito, com rosto, braços e pernas despeladas, fraturas e chorando bastante, percebi que era um amigo meu. Entrei em desespero! Virei o inverso do meu corpo! Gritei! Pedi socorro!
            Felizmente, um professor - filho de Deus – que por ali passava, prontamente o socorreu, levando-o até o hospital.
Uma pedra é sempre um obstáculo. No entanto, diferente do poema de Drummond, que falava das tantas pedras impedindo de prosseguir um caminho, o bom é que nessa história havia apenas uma. E mesmo sendo capaz de causar tão grave infortúnio, fiz uma reflexão: meu amigo devia se sentir aliviado e agradecido, pois a bendita pedra graças a Deus não foi suficiente para interromper as muitas intenções que ele ainda tinha e tem para seguir nos inúmeros caminhos de sua vida.
ALUNAS-AUTORAS: LEONARA ; JADNA TAYNARA; EDUARDA LETICIA; ANA EMILIA/  9º “B”
*(2º Lugar -  classificada na etapa Escolar - Joaquim Leal Pimenta)

Postado por

O Blog da Secretaria Municipal de Educação é uma importante ferramenta de divulgação de nossas atividades. Prezamos pela transparência da informação.

0 comentários :

Postar um comentário

© 2013 SEMEC CAMPO GRANDE/RN . All rights resevered. Designed by Templateism