IDENTIFICAÇÃO:
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Jadna Taynara de Araújo Freire tem 14 anos de idade, é filha de
Suely, esposa de Junior Artes;
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Maria Leonara Ismael de Almeida tem 16 anos, é filha de Lucinalva e Francisco de Lozinha;
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Ana Emília Jerônimo Góis possui 15 anos, é filha de Ângela e
Rildomar;
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Eduarda Letícia Fernandes da Costa possui 15 anos de idade, é filha de
Telma Fernandes.
As quatro alunas-autoras produziram a crônica
coletiva no ano letivo de 2014. Pertenciam
à turma do 9º Ano”B”, Turno Vespertino.
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Como
de costume, estávamos eu e uma galerinha da minha sala saindo para lanchar, em
direção ao portão principal da escola que abre alas para a “Via Costeira”, uma
das ruas mais frequentadas de Campo Grande - tanto por pessoas trabalhadoras
que por lá passam, cumprindo tabela de suas obrigações diárias, fazendo uso de
frigoríficos e comércios ali presentes - quanto por pessoas comuns, que não têm
obrigações. Pessoas que aproveitam ali sua juventude, encontrando amigos em
barezinhos, dançando ao som de “paredões,” reunindo a família para lanchar.
Para
ser mais precisa, o lugar é onde tudo acontece, desde paqueras a amassos ou até
primeiros beijos. Lá, grandes amigos se conhecem, laços de amizades ou de amor
se iniciam e se findam.
Por outro lado,
infelizmente é onde também a pequena juventude encontra uma janela para o
alcoolismo ou vícios maiores. Certamente é um lugar de muita utilidade para
uns, um baú de prazeres para outros, uma faculdade com certificado de “pessoas
responsáveis e cumpridoras de suas obrigações futuras” para grande parte de
seus frequentadores.
Enquanto
refletia sobre tudo isso, pude estar tão próxima a um fato que iria me abalar,
mas me levaria em pouco tempo a meditar sobre ele... Assim que colocamos o pé
direito na tão afamada Via, ouvimos um ruído estrondante. Logo após, uma moto
passou com tudo, bem diante de nossos olhos, capotando no ar. Em seguida, um
indivíduo passa lixando sua pele no asfalto. Ele, com seu veículo em alta
velocidade, havia batido numa caixa aparentemente seca, mas que escondia uma
pedra em seu interior. A caixa contendo a respectiva pedra se encontrava bem no
meio do caminho. Não é que rapidamente
me veio uns versinhos do poeta Drummond, que diz mais ou menos assim: “... no
meio do caminho havia uma pedra, havia uma pedra no meio do caminho...”
Impressionante! Havia mesmo uma pedra!
Ao
nos aproximarmos do ferido que se encontrava sem dois dentes, sangrando muito,
com rosto, braços e pernas despeladas, fraturas e chorando bastante, percebi
que era um amigo meu. Entrei em desespero! Virei o inverso do meu corpo!
Gritei! Pedi socorro!
Felizmente,
um professor - filho de Deus – que por ali passava, prontamente o socorreu,
levando-o até o hospital.
Uma pedra é sempre um
obstáculo. No entanto, diferente do poema de Drummond, que falava das tantas
pedras impedindo de prosseguir um caminho, o bom é que nessa história havia
apenas uma. E mesmo sendo capaz de causar tão grave infortúnio, fiz uma
reflexão: meu amigo devia se sentir aliviado e agradecido, pois a bendita pedra
graças a Deus não foi suficiente para interromper as muitas intenções que ele
ainda tinha e tem para seguir nos inúmeros caminhos de sua vida.
ALUNAS-AUTORAS: LEONARA ; JADNA TAYNARA;
EDUARDA LETICIA; ANA EMILIA/ 9º “B”
*(2º Lugar - classificada na etapa Escolar - Joaquim Leal
Pimenta)
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